Vivemos em uma era em que armazenar arquivos na nuvem se tornou tão natural quanto no armazenamento interno. Google Drive, OneDrive, iCloud e Dropbox são ferramentas essenciais no dia a dia de milhões de pessoas. À primeira vista, a maioria das distros Linux podem parecer o patinho feio nessa história. Enquanto Windows e macOS contam com aplicativos nativos para esse tipo de serviço, os usuários de distribuições Linux precisam se virar nos trinta para acessar seus arquivos convenientemente.
O Dropbox até oferece um cliente oficial para Linux, mas seu plano gratuito de apenas 2 GB é risível perto dos 15 GB do Google Drive ou até dos 5 GB do OneDrive. E depender do navegador para tudo, pode deixar a experiência limitada e menos prática. Será que não existe uma solução melhor? Claro que existe, e é sobre isso que vamos falar.
A solução nativa
Quem usa ambientes gráficos como GNOME ou KDE Plasma já deve ter se deparado com a opção “Contas Online” nas configurações do sistema. Essa funcionalidade permite vincular contas como a do Google e Microsoft para acessar arquivos da nuvem diretamente pelo gerenciador de arquivos, seja o Nautilus no GNOME ou o Dolphin no KDE.

A ideia é ótima em teoria, mas na prática deixa a desejar. Muitos usuários relatam problemas de conexão, especialmente com o Google Drive, recebendo mensagens de “acesso negado” sem explicação. No OneDrive, a situação tende a ser um pouco melhor, mas ainda assim limitada. O maior problema é que essa integração funciona basicamente como um disco virtual remoto – você pode visualizar os arquivos, mas não há sincronização offline nem controle sobre quais pastas devem ser mantidas localmente.
Para quem só precisa espiar um arquivo ocasionalmente, pode ser suficiente. Mas se o objetivo é trabalhar com esses arquivos diariamente, é preciso algo mais robusto.
Apresentamos o Insync
Se existe uma solução profissional para integrar Google Drive e OneDrive no Linux, ela se chama Insync. Sim, é pago (uma licença vitalícia custa R$ 199), mas depois de experimentar, fica claro que vale cada centavo. O aplicativo não apenas resolve o problema da falta de clientes oficiais, como ainda oferece recursos que superam até mesmo as versões para Windows e macOS.
A primeira vantagem é o suporte nativo para as principais distribuições Linux, incluindo Ubuntu, Fedora, Debian e Arch, além de integração perfeita com os gerenciadores de arquivos mais populares. Mas o que realmente impressiona são as opções de sincronização. Diferente da solução nativa, o Insync permite escolher exatamente quais pastas devem ser mantidas offline e quais podem ficar apenas na nuvem, economizando espaço no disco.

Para quem trabalha com múltiplos dispositivos, o Insync oferece ferramentas como o Local Selective Sync (LSS), que sincroniza pastas específicas do computador para a nuvem, e o Cloud Selective Sync (CSS), que permite direcionar pastas diferentes para locais distintos. Além disso, é possível converter automaticamente arquivos do Google Docs para formatos do Microsoft Office e vice-versa, algo extremamente útil para quem precisa compartilhar documentos com usuários de diferentes plataformas.

A pergunta que fica é: R$ 199 é um preço justo? A resposta depende do uso. Para quem depende diariamente do Google Drive ou OneDrive, o Insync é um investimento que se paga rapidamente em produtividade. A licença é vitalícia, sem assinaturas recorrentes, e vale para todas as atualizações futuras. Além disso, ela é vinculada à conta de nuvem, não ao dispositivo – ou seja, pode ser usada em quantos computadores você quiser, desde que seja a mesma conta.

Claro, existem alternativas gratuitas, como o Rclone ou o OverGrive, mas nenhuma oferece a mesma combinação de facilidade e recursos avançados. Se o orçamento permitir, o Insync é a escolha mais inteligente.
No fim das contas, a falta de suporte oficial das grandes empresas de nuvem para Linux acaba criando oportunidades para soluções como o Insync. Enquanto isso não muda, pelo menos temos opções para não ficar refém do navegador. E você, já experimentou alguma dessas ferramentas? Compartilhe sua experiência nos comentários!
Falando em sincronização de arquivos, você sabia que dá para sincronizar seus dados do Obsidian entre diferentes dispositivos sem gastar nada?